quinta-feira, fevereiro 05, 2009

Tomorrow Never Dies



Os ingredientes perfeitos de um crime.
Uma noite, no mínimo, recheada de uma serenidade mortífera.

Surgem então os dois corpos da mentira.
Juntos. Acompanhados das personagens flagrantes, que em tudo denunciavam a mentira.

- Desculpa... mas... eles estão juntos?
- Sim, eu disse-te. Eu não estava louco.
- Então mas e assim?...assim às claras? E tu não fazes nada?
- Eu?... já fiz o que tinha a fazer meu caro, deixei-os à morte.
- Mas como?...como é que é possível? Ainda agora ele estava aqui a cumprimentar-te... que lata.
- Aquilo não foi lata, foi um simples exercício de...
- De estupidez, de falsidade?
- De ironia.

(o silêncio durante alguns segundos enquanto, do outro lado, Ginger observava meticulosamente cada gesto)

- Mas vão ver o mesmo filme que nós?
- Não, no exercício, o cobarde, certificou-se de que iriamos ver filmes diferentes.
- Eu sinceramente não sei como é que tu ainda lhes diriges a palavra.
- Meu querido, à quantos anos me conheces? Sabes bem que sou um senhor.
- A última vez que me disseste isso com esse ar altivo eu assisti à maior carnificina de sempre. O que vais fazer? Diz-me, eu conheço-te.
Tu não vais fazer o que eu estou a pensar que vais fazer, pois não?
- Que disparate, eu não vou fazer nada.
- Tu vais dormir com um deles e deixar que isso seja o golpe final até ao insuportável da relação deles... eu conheço-te.
- Nada disso meu caro. But we never know... tomorow never dies.

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