sexta-feira, dezembro 29, 2006

SURPRISE


Estranhamente não sei mesmo como exprimir agora...
só me sai, e acreditem que da forma mais sentida, um enorme OBRIGADO!
Foi a melhor surpresa de sempre! ;)
Love You all

domingo, dezembro 24, 2006

Felíz Natal


Felíz Natal a todos que, apesar de nem ser meu hábito, aqui fica o registo e o gesto por todos aqueles que, simpaticamente, me o desejaram também!
Aos outros...pois que também tenham uma noite quente! ;)

"Sexy" Christmas

by David LaChapelle

quarta-feira, dezembro 20, 2006

Maps


Acho que fui muito antes de partir e sinto o desiquilíbrio do tempo agora sobre o meu corpo.
No fundo é disso que se trata… de uma despedida anunciada, de um âmago passado e de um futuro por escrever.
É tudo uma questão de tempo se tivermos a sorte de nos encaixar-mos nele.

Hoje acordei de uma forma estranha.
Uma dor de cabeça matinal anunciava uma morte mais do que prevista.
Nos últimos tempos tudo tem andado a mil à hora dentro dos meus dias em que a velocidade cria marasmos.
Nos últimos tempos os acidentes e as colisões teem sido uma constante entre este meu corpo e as muralhas do meu castelo.

E surges tu… tu que sempre respeitei e a quem sempre protegi com a minha distância.
Tu que reinas em terras de loucos e mantens marés de sangue ao som de tambores.
Tu cujo tango deixa, no ar, um perfume a morte, dor e prazer… delírio, combustão e pranto.

Terás sido, para sempre, das pessoas mais perto da felicidade de sucumbir na loucura que algum dia conheci.
Eu, por saber como aí se vive, talvez seja daqueles que mais resistiu a esse reinado.
Mas seremos, por mais que lutemos contra, eternamente reis desse mesmo veludo.
Seremos, por mais que rebentem mil imagens sobre nós, os melhores espectadores de nós mesmo. Os esternos perseguidores da nossa maior fragilidade, o belo.

Depois de horas a fio em que regurgitava a grande custo tudo e todos os que em mim viveram…
Depois de em cada espasmo reconhecer o o meu papel em cada fragmento…
Depois de horas de dores confusas e diagonósticos perdidos…
Depois de tanto em tão longas horas, sinto o silêncio de Toquio, o abismo daquelas escalas, o infinito daquele vazio tão cheio.

E surges tu, ao de leve, sempre baixinho…
Conduzindo, cambaliante, sobre esses saltos-altos, que nunca riscaram o meu chão em xadrez.
Sinto o perfume desses teus sapatos vermelhos e prevejo um magia nas tuas mãos.
Nelas trazias um caixa de música que, de uma forma nobre, procurei saber receber.

E não era preciso mais nada… estava lá tudo!

"Wait! They don’t love you like I love you."
Lá estava contido o teu grito que era a única coisa que eu realmente precisava ouvir.

Hoje altera-se então o rumo de muitas histórias.
Hoje, a noite brindará comigo aos novos tempos.

Hoje decidi que jamais te roubarei a vida como tantas vezes planeei.
Hoje, troco todas as lápides que sempre evitei por cada segundo de verdade a solo neste meu chão já tão riscado de tantos tangos só meus.

Hoje percebo onde existes e assumo que também aí terei sempre um canto… porque quero, porque já não o rejeito, fez parte de mim, e porque, como tu mesma disseste um dia “a morte fica-nos tão bem.”

E ver a nossa vida a coagular é, sem sombra de dúvida, o pior dos espectáculos em nós, e hoje agradeço-te infinitamente, por me o relembrares.
Por me mostrares o onde tinha eu o meu mapa escondido, por me o trazeres de volta, e sobretudo, por me recordares de mim.

E assim acho que fui muito antes de partir.

segunda-feira, dezembro 18, 2006

Morri-vos...


E quando a tudo se quis amar percebe-se o fim da viagem.
Como será o regresso a esta cidade, como será recordado aquele corpo em corte, sangue e exagero.
Tudo em tão pouca pele. Tanto em tão pisada carne.
Que seja a morte pelo esquecimento para que um dia surja a tão aclamada vida pela surpresa.
Morri-vos...
"E a morte fica-nos tão bem."

Natural’s Not in It


The problem of leisure
What to do for pleasure
Ideal love a new purchase
A market of the senses
Dream of the perfect life
Economic circumstances
The body is good business
Sell out, maintain the interest
Remember Lot's wife
Renounce all sin and vice
Dream of the perfect life
This heaven gives me migraine
The problem of leisure
What to do for pleasure

Coercion of the senses
We are not so gullible
Our great expectations
A future for the good
Fornication makes you happy
No escape from society
Natural is not in it
Your relations are of power
We all have good intentions
But all with strings attached

Repackaged sex keeps your interest
Repackaged sex keeps your interest
Repackaged sex keeps your interest
Repackaged sex keeps your interest
Repackaged sex keeps your interest
Repackaged sex keeps your interest

The problem of leisure
What to do for pleasure
Ideal love a new purchase
A market of the senses
Dream of the perfect life
Economic circumstances
The body is good business
Sell outs [? out ?] maintain the interest
Remember Lot's wife
Renounce all sin and vice
Dream of the perfect life
This heaven gives me migraine
This heaven gives me migraine
This heaven gives me migraine


by Gang of Four

domingo, dezembro 17, 2006

sábado, dezembro 16, 2006

Venus as a Boy


His wicked sense of humor
Suggests exciting sex
His fingers focus on her
Touches, he's venus as a boy
He believes in beauty
He's venus as a boy
He's exploring
The taste of her
Arousal
So accurate
He sets off
The beauty in her
He's venus as a boy
He believes in beauty
He's venus as a boy

by Bjork

segunda-feira, dezembro 11, 2006

Winter Sun



:)

La Solitude de Moi


" Chego hoje ao fim…
Hoje sei como te responder à pergunta que deixei sem resposta entre a febre e o sangue, entre o amor e a cumplicidade.

Passaram dias, noites , horas… as tão afamadas horas.
As horas do meu tempo, do nosso tempo, do tempo dos outros… sempre as horas.
A cada momento que revivo o gesto dos ponteiros encontro ainda mais perfeição nestas tantas referências poético-cinematográficas. A cada movimento sinto o rebentar da minha maior obsessão, o belo.

Acendo um cigarro e suspiro.
O silêncio acalma-me de mim e assim consigo olhar para tudo o que passou.
O vinho fere-me a garganta mas só assim consigo.
Quando foi que comecei este vício de âmago e felicidade?Já não me lembro…
Quando foi que quis ser, de repente, outro alguém que não eu mesmo?

Hoje, ao anoitecer parei para me olhar.
A música conduziu-me ao espelho e entre a loucura de um corpo deambulante e o devaneio de uma vaidade qualquer perdi-me e parei.
O delírio acalmou e, como que em câmara lenta, o veludo dos tecidos começaram a cobrir-me a pele. Os tons escuros contrastavam com o meu rosto e no contraste tudo se formava mais claro.
Já à muito tempo que não olhava bem para mim.
Já à muito tempo que não me via por lado nenhum.
Já à muito tempo que me perdia entre o que sempre fui e aquilo que me propunha a ser.
Estranho não é?…verdadeiramente estranho…

A vida tem gestos que nos levam a sorrir para nós mesmos e outros tantos que nos irompem em gargalhada sobre nós também.
Desta vez apenas sorri.
Sorri e recordei tanta gente que por aqueles sulcos cravados passou.
Estiquei o rosto e arrepiei a pele…
Ainda lá estava e tinha apenas chegada a hora de acordar.

Existem filmes que serão vividos e recordados para sempre, músicas e letras para sempre tocantes… pessoas e perfumes para sempre abraçados.
Existe tanta coisa em meu redor… existe vida.

Hoje não serei mais um gesto contínuo e extenso… hoje serei o último gesto desta imensa e fantástica coreografia que vivi.
Escrevo-te esta carta porque já dormes enquanto regresso a mim.
Amanhã, quando eu acordar já não estarás tu por perto.
Encontramo-nos à noite, como sempre, decerto.
Mas eu tinha que me despedir agora mesmo, antes que o sol nascesse e eu acordasse como antes… como sempre fui, eu.
Estou cansado, muito cansado… mas amanhã saber-me-ei como novo.
Sinto-me já a bater à porta, sinto uma espécie de dor… frio… forma, cor.
Vou adormecer o meu corpo a teu lado e dizer-me adeus.

Vou fazer o que sempre fiz de melhor e procurar a festa em cada canto daquilo que, em silêncio, responderia à tua pergunta anterior.
- Comment tu es avec ceci tout ?
- Je suis bien…
il nage à nouveau… J'ai juste pour m'ennuyer de moi
C'est la solitude de moi.


Até um dia em que, velhos, possamos rir de tudo e relembrar o passado…
Até um dia de felicidade plena qualquer.

Tem um excelente dia e que tudo corra bem como prevejo.
Cá te aguardo ao anoitecer como sempre…

Voltei ao veludo e ao tango…
Saberás onde me encontrar.

Beijo

Matthew "

terça-feira, dezembro 05, 2006

Apesar das ruínas e da morte.


"Apesar das ruínas e da morte,
Onde sempre acabou cada ilusão,
A força dos meus sonhos é tão forte,
Que de tudo renasce a exaltação
E nunca as minhas mãos ficam vazias."

by Sophia de Mello Breyne

domingo, dezembro 03, 2006

Quarto frio


O quarto ficou frio...
A noite congelou-nos o pensamento e o último raciocínio registado foi o pior.
Adormeceste e, às escuras, guardava-te mesmo ao meu lado.
As palavras rebentavam-me no estômago e o sangue fazia-me o corpo tremer.
Durante o teu sono tentei pensar...
Durante o teu sono tentei chegar a ti...

Sinto-me encurralado entre o que te provoco e o bem que me fazes.
Sinto-me injusto e cobarde por não ser eu a alterar o rumo das nossas vidas, mas sempre acreditei que os caminhos em comum devem ser decididos a dois.

Toca o despertador e a tua vida por ti proclama...
Deixando-me, mais uma vez, ao abandono de todos os gestos.
O teu despertar violento, seco e frio nem te fizeram reparar na mesa que tinha preparado enquanto dormias.
Teria sido possivelmente, mesmo que breve, um pequeno-almoço quente.
Saiste e começou a chover...
Ao som, ouvias as palavras que tememos por nós.

Ainda não toquei em nada daquela mesa...
Amanheceu, passou o dia e já anoitece...
A estúpida esperança de me ver surpeendido pelo teu regresso deixam-me a contemplar o pequeno-almoço que, em silêncio, ainda espera por ti.

E hoje sinto as 3 badaladas do número 3.
As crueis toneladas de som que me rasgam a pele e perpetuam a minha forma de ser.
Onde me perdi eu para me confessar ao teu ouvido enquanto dormias?... perdi-me em ti e sei que podiamos ser melhor.
O quarto continua frio... e eu "pensei que se falasse era fácil de entender".

sábado, dezembro 02, 2006

Fácil de Entender


Talvez por não saber falar de cor, imaginei.
Talvez por não saber o que será melhor, aproximei.
"O meu corpo é o teu corpo, o desejo entregue a nós".
Sei lá eu que queres dizer...
Despedir-me de ti, adeus um dia voltarei a ser feliz...
Talvez por não saber falar de cor, aproximei...
Triste é o virar de costas o último adeus, sabe Deus o que quero dizer.
Obrigado por saberes cuidar de mim,
tratar de mim, olhar para mim, escutar quem sou...
E se ao menos tudo fosse igual a ti.
Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor,
já não sei se sei o que é sentir.
Se por falar falei,
pensei que se falasse
era mais fácil de entender...
É o amor
que chega ao fim,
um final assim assim
é mais fácil de entender...


THE GIFT