terça-feira, outubro 31, 2006

Ready to Jump


Hoje passei pelo S.Luíz e ainda sorri.
Demiti-me numa sala ao lado do espectáculo que ali decorria. O público, espectante, nem deu conta de terem saído os dois actores principais. Nem se deu conta que o desfecho daquela obra fora verdadeiramente em grande numa noite gravada!
De seguida, desci a escadaria de Paris. Lá abracei o espectro do meu passado e rumei ao aeroporto.
A passadeira vermelha e o fatonoir cujo toque fazia emergir os demónios e diamantes, sentiram o compasso dos últimos passos.
Ao virar da esquina, desliguei o gerador da RedLight...e suspirei.
Terei saudades?
Não me parece... não sei. Nada posso prever, a vida é isso mesmo, uma grande surpresa.
Até para aqueles que, amanhã ao acordar, se esbarrarem com a verdade nos jornais quando julgavam saber tudo.

Hoje mesmo demito-me de todos os meus cargos... assim que cair a noite sobre esta cidade em pranto por lascívia e odores sexuais!, ouvirei um gemido lá do fundo que me fará sentir certo de todas as decisões.

The Devil Wears Prada



Muito bom..!
Um clássico, um história comum...mas cheia de requinte e malvadez.
Simplesmente sublime.
E para todos os amantes de moda, bem...é, de facto, um regalo para os olhos. ;)
Vejam, inspirem-se e, sobretudo, tentei perceber o que está para além do que os olhos pequenos conseguem ver neste glamouroso filme.

;)

segunda-feira, outubro 30, 2006

Get Off my street!!!


Hoje o sol rebenta neste suposto Inverno que nos destabiliza as sabores.
Hoje o dia está bom demais e o Mr.Happy explode cá dentro não se podendo conter!
Vou passear ao sol, vou sair pela calçada e rir bem alto!
Não percebo... Estou assim... Felíz againnnnnnnnn!LOL
Ou isto é uma espécie de patologia que espero crónica, ou então é mesmo a certeza do bem estar que veio para ficar!
Vou "lorear a pevide", apetece-me!
Apenhem sol, bebam groselhas... sorriam que o Circus chegou à cidade!

Enough is Enough


Tudo na vida tem um príncípio, meio e fim.
Nada é eterno e isso torna tudo verdadeiramente mais interessante.

Hoje entrego as provas que procuravas para te libertar...
Mas não a ti, não quiseste.
Era importante, tu sabias, eu disse-te.
Não quiseste ouvir e que assim seja.

Na vida é tudo uma questão de prespectiva, começo a acreditar.

E sabes que mais...
Apesar de impossível, farei com que apartir deste momento a importância e relevância do que tinha para te dizer morra aqui mesmo, assim...agora.
Que a vida um dia te surpeenda e te faça lembrar a ironia dos factos em ti.
Que numa gargalhada se revele toda a compaixão por esse corpo que rejeitas com demasiada força.

E que ao olhares para trás no tempo me revejas o rosto com aquela expressão de felicidade... Que te aperecebas que já não cá estarei, porque nunca quiseste ir a Versailles.

Ainda assim o mais importante é o hábito, o traje, a forma, a cor...
Nesta cidade pequena o inevitável estará sempre presente, e o que agora faço me permita surrir-te amanhã.

Pro C@RALHO ;)...lolol...pq me apetece!

:D...e ri ri ri, ri bem alto, pq o mais importante na vida é saber-lhe sorrir... Que o Jacques já partiu para Budapeste.

And with a smile i say good bye. :)

terça-feira, outubro 24, 2006

Amanheci em Versailles!


E existem dias em que não cabemos no corpo em que nos alojamos!
E não aguentamos tanta felicidade ou plenitude em nós sem o gritar bem alto, entre a multidão.
Hoje percebi tanto de tudo no todo de tanta coisa.
O sol ou a chuva, o frio ou o calor, o dia ou a noite... o ar livre ou condicionado...tudo, me sabe tão bem!
Sabem o cheiro das pastilhas elásticas cor-de-rosa?Aquele cheiro doce e intenso que nenhum perfume consegue igualar?
Sabem o azul turquesa de alguns dias de verão ou de alguns jogos para crianças?
Sabem?
É aí, é mesmo aí que estou!

Não quero mais saber de relações complexas, emoções engolidas ou feridas abertas cujo o sangue derramado só desenha histórias em bruma em meu redor.
Não quero mais perder tempo na tentativa de compreender tudo o que de errado possa fazer e evita-lo. Não quero gastar mais tempo nenhum com pessoas que não querem o meu tempo. Não quero mais nada que não me pertença porque o que tenho já é o melhor de tudo em meu redor.

E o encanto dos palcos, dos espectáculos?E as fantasias e festas onde a gargalhada rebenta de tão pura e verdadeira?
Está aqui, está em toda a parte e voltei a senti-la neste regresso a mim.

Foi uma longa viagem esta... e de certa forma não me arrependo de nada, sem dúvida.
Mas para quê tanto gasto e tanto sangue... tanto corpo e tanta tinta... se, na verdade, só servirão de meras inspirações nos meus pulmões.

Hoje expiro... e expiro sentado naquele relvado em pleno Versailles, ao nascer do sol.
Sinto tudo em quietude e em extase em meu redor. Os animais minúsculos e as pessoas maiores que conseguem sorrir.
Sabe-me tão bem voltar...
Sabe-me mesmo bem estar aqui.

E se ao menos eu pudesse dar a alguém esta imensidão de tudo que trago...
E posso, posso mesmo. A todos os que queiram porque estúpido já não morrerei, e só muito menos.

Fechei os olhos e senti a brisa do começo de um novo dia na cara. A pele acorda a cada segundo, reage a cada raio de sol.
E estou felíz!

Vamos sair?Vamos dançar?....Vamos rir?Vamossssssssssss amanhacer como antigamente numa exaustão de felicidade qualquer?
Vamos!!!!!

"I want Candyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyy" ;)

E obrigado a todos por me mostrarem quem fui, e sobretudo, quem sou aqui!
Sejam felizes, simplifiquem... ;)

"Hoje é o primeiro dia do resto da minha vida" e "I wantttttttt candy!!!" ;)

segunda-feira, outubro 23, 2006

Marie Antoinette



Absolutamente genial o estado em que nos deixa.
Ontém, pela o acordar da noite na cidade, econtrava-me eu naquela sala de cinema onde a sensação de razão me preenchia cada poro.
Podia divagar e estender todos os fios de ceda que este filme me fizeram desemrolar...mas não. Vejam, saberá bem melhor.
Aquilo que vos deixo é apenas a sugestão...a sugestão de mais do que ver este filme, de deixarem redescobrir na personificação da célebre Marie Antoinette dentro de vós.
A sério...é tão simples que tudo esclarece e na verdade é tão simples como isso mesmo "I Want Candy" ;)
Muito bommmmmmmm!

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Título original: Marie Antoinette
Realizador: Sofia Coppola
Elenco: Kirsten Dunst, Jason Schwartzman, Rip Torn, Judy Davis e Asia Argento
Classificação: M/12
Ano: 2006
País: Estados Unidos
Género: Biográfico e Drama
Cor: Cores
Distribuidor: Columbia TriStar Warner Filmes de Portugal
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"Baseado no livro de Antonia Fraser sobre a infortunada arquiduquesa da Áustria e depois, Rainha da França, 'Marie Antoinette' conta a história da mulher mais incompreendida e abusada da história, desde o seu nascimento na Áustria Imperial até a sua vida posterior na França."
in www.cineplayers.com

Ah, no EXPRESSO deste sábado, na Revista Actual, vem um bom artigo sobre o filme.

sexta-feira, outubro 20, 2006

Vampires


E hoje agarrem-se aos crucefixos, aos amoletos, aos dentes de alho, a tudo o que puderem!
Eles vão jantar juntos e cair na noite desta cidade.
Corpos sedentos aguardam os seus dentes, veludos cavernsosos aguardam a sua benção.

Mr.Slut fará o jantar que será servido com todos os afrodisíacos, e soltará a habitual puta de si...
Mr.Glam trará todo o seu charme e o seu perfume arrasadores, e introdizir-nos-á à sua presa...
Mr.Sparkling soltará toda a lascívia e veneno dos seus poros, e, modesto como sempre, não fará nada se especial (lol)...
e LadyBeringela cagará bem de alto para os corpos pendentes e brindará até com o senhor do bengaleiro! LOL

Segurem-se porque o "furacão do Entrocamento" é um brisa perto destes 4!!!!
LOL

Até logo...até que a calçada nos junte a todos e solte o perfume do sexo em veneno por toda a cidade!
;)

quinta-feira, outubro 19, 2006

Trying to choose the best way

Persistência


Persistência

s. f.,
qualidade do que é persistente;
acto de persistir;
constância;
perseverança.

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...e aquilo que me deixa a pensar!
Existem coisas, pessoas, espaços, gestos ou até mesmo conceitos que persistem em não ser arrumados.
E como sai caro pensar e olhar para trás...
Hoje, sinto-me violado pela Persistência das "peças que não se querem arrumar".
Hoje cansei-me de jogar Xadrez, mas com a esta constância vejo-me obrigado a, pelo menos, retomar o jogo.
Ou não... não me apetece mesmo nada.
Aiiiiiiiiiii..............!!!!!
E tão felizes que devem ser os loucos de Lisboa!

segunda-feira, outubro 16, 2006

Sopro em Reflexo


O Inverno tinha chegado com tudo.
Aquela luz de final de tarde, aquele som da chuva a cair…aquele âmago na calçada.
Tudo. Era a inspiração e a felicidade de um Inverno em regresso.

Duas poltronas e um espelho ao fundo da sala.
O espaço, pombalino, cujo alto pé-direito fazia sentir o eco de outras paisagens, estava absolutamente vazio. Somente duas poltronas de veludo e um espelho longo entre elas.

Rouge decide então aceitar o convite.
Entra e senta-se, silenciosamente, numa das poltronas.
Em frente, o seu reflexo, com aqueles olhos e sorriso claros fazem-no sentir-se acompanhado naquele estado de felicidade em que se encontrava.
Estavam ambos felizes, e o Inverno chegou.


- Bleu:
Eu sou o gémeo doce

- Rouge:
… e isso faz de mim o quê?

- Bleu:
O gémeo en vogue

- Rouge:
Porquê " en vogue"??

- Bleu
Porque parece que Deus, o próprio, te escolheu para personificar o estilo, e aí andas tu a desfilar e a deixar rastos de glamour.
Spreading some blink blink…
Sparkling

- Rouge (sorrindo):
Como?...agora eu sou "glamouroso" é isso??...espera que essa é nova!
Va caríssimo, és demasiado inteligente para achar realmente só isso!

- Bleu:
Acho que tens uma casca de glamour a cobrir um interior riquíssimo! deep deep deep

- Rouge:
Foda-se!


E por breves instantes o silêncio congelou aquele olhar. Rouge nunca prevera aquele momento.
Aquele reflexo, no espelho, era acutilantemente real.
Respirou fundo e decide então enfrentar todo aquele momento de frente.
Reposicionou-se na poltrona e, verdadeiramente confortável, retoma no olhar de Blue.

- Rouge:
... pois, e o que devo fazer então com esse interior?
Aproveito então agora, que "me vejo ao espelho" e aguardo uma luz…
Sou todo ouvidos!
- Bleu:
Deves…guarda-lo secretamente.
E a menos que to seja pedido para o revelar, sorrir apenas como se estivesses feliz só por estar ali (onde quer que seja).
Não tenhas medo de passar por tolinho, um tolinho simpatico e doce.

Eu escondo o meu interior secretamente, aposto no factor surpresa.
E como isco age como uma verdadeira puta ? um sex god…
Depois de pescada a atenção do objecto desejado abres os portoes dessa luz imensa e deixa-lo K.O.

- Rouge:
Tu és incrível... assustadoramente "reflexo", mas incrível!

Mas Bleu, se me permites o uso de ti...
Não é o desejo desenfreado que quero para mim. Não é a saliva entre os lábios que cresce quando passo que tenho como objectivo.
Tudo isso tb gosto, e muito. Mas prefiro tê-los como adornos indispensáveis, não como fins a atingir.

O que quero pra mim é bem mais simples.
É o poder "abrir os portões dessa luz imensa" sem que isso seja um prémio para nenhuma presa…mas sim uma consequência de uma reacção espontânea e felíz entre mim e seja lá quem for.


E o silêncio regressou aquela sala.
Pensativo e, talves apreensivo, o reflexo retoma firme…

- Bleu:
hum…
Queres demais.

- Rouge:
Já não me contentam os abutres nem os bajuladores, nem os apenas giros ou desejados. Os prémios ou os oscares.
Esses existem hoje como meras manobras de diversão da minha maldade na dança do "saber viver". No gozo do meu animal apenas.
Na verdade, quero é gente!…mas gente mesmo, não apenas clones ou robots.
Achas que é demais?

- Bleu:
Acho que é dificil, e quanto mais ambicioso fores maior é a probabilidade de nao seres feliz.

- Rouge:
E eu que me achava tremendamente simples nos meus desejos. E eu que achava que queria tão pouco. Apenas aprender com tudo e todos os que me rodeam esperando apenas a verdade das coisas.
Irónico, no mínimo.
Acho que podia esperar ouvir isso de qq pessoa, menos de ti.
Tu que eras, de alguma forma, a esperança no poder acreditar. Tu que,nos olhos, carregas esse imenso mundo onde sempre pensei que vivias a acreditar.

- Bleu:
E acredito… Acredito que vou ser feliz.

- Rouge:
e serás, não duvides.


Eram os ritmos daqueles sangues, os gestos daquelas figuras… o respirar daquelas formas de estar, o grito e o gemido de serem conscientes do estado felíz.
Rouge, sentido o desfecho daquele caminho, ergue a cabeça, e concentrado no outro olhar bem claro ainda diz…

- Rouge:
E posso-te perguntar o que te fará felíz?
Pergunta difícil, eu sei.



Bleu abandona a sala em silêncio encondendo a cara por detrás daquele espelho entre eles.
No fundo Rouge também poderia ser certeiro no seu olhar, e ele sabia-o tão bem como o contrário, o reflexo, de tudo em todos, de tudo nos dois.
Ao abandono ficou então aquela sala e aquele veludo. Ao abandono ficou a noite.
Seria inevitável, ambos sabiam.
Um dia… talvez um dia.

Night Storm



O dia começara tarde.
A tarde anunciava aquela estação que Jacque sempre esperava com as malas feitas.

Ao anoitecer olhou-se no espelho e percebeu que tinha passado o dia, em repouso, sobre si mesmo, a pensar.
E que as conlcusões eram mais que muitas, ou se calhar até bem poucas, desde que verdadeiramente reais.

"E que tal um bom vinho acompanhado por uns bons queijos, nesta noite de trovoada?" Sugere Jacques ao seu bom e velho amigo de grande caminhadas.

E soube tão bem, tão verdadeiramente bem.
Existem perfumes que nos fazem ver tudo melhor, sabores que tudo nos recordam e pessoas que em tudo nos preenchem.

E com este sentimeno, sensação ou apenas frame de felicidade, a noite trouxe de regresso o manto de veludo que o bom vinho recordava.
Aquele manto deixado cair por momentos... em que Jacques vasculhava Teresa dentro de si.
"Não existe. Nunca existiu... Hoje sei e nem sequer sinto saudades. Existem lugares e momentos para tudo. E em mim,nunca coube ao que agora sei."

Abraça o seu amigo, e no calor de toda a verdade, faz anunciar o seu regresso.
E ao meter a chave à porta retorna o olhar para a tempestade. Fascinado com aquela grandiosidade recorda um texto que escrevera em tempos. E ao recordar o texto recordou a liberdade em si.
FuckMeHard foi o título que recordou.

Mas a chuva e a trovoada continuavam a fazer daquela uma fantástica noite de tempestade.
E em noites de tempestade sempre gostara de fazer mudanças e tomar decisões.

"E foi tão bom no aconchego de tudo o que me deste sem sequer dares conta de nada.
Sabes, algures naquela cama, enquanto o teu sono observava, cheguei mesmo a acreditar poder fazer-te felíz.
E digo-o sem qualquer pudor porque não sinto que tenha fracassado. Sinto que tentei, e com isso liberto de mim qualquer teia de dúvida sobre a nobresa dos meus gestos ou a veracidade de todos os verbos utilizados entre nós.
Mas hoje a noite recorda-me em mim, e mostra-me que não posso, não devo, nem quero semear a dúvida entre a insistência e o esforço, entre o certo e o errado, entre o emotivo e o exagero.
Não, não será assim... não quero.
Espero que essa vida em suspensão te traga um dia à terra e que te recordes do meu nome como prometeste.
Hoje, quando mergulhar ao adormecer, recordarei pela última vez o momento em que dizias: Dorme, dorme...que eu não deixarei que ninguém te faça mal.
Hoje será a última noite em que o faço até que um dia, se a vida assim o entender em ti, me o recordes tu.
Não espero resposta a esta carta...tu sabes. Acho que finalmente sei o que esperar de ti.
E se agora neste instante tu, ao ouvir-me, com aquele teu olhar de abandono, me perguntasses se eras uma desilusão?
Não sei...Dei comigo a pensar que às vezes o queres de tal forma que acabas por te tornar nisso,não sei.Mas hoje, agora, não. Não és uma desilusão porque isso ía-me obrigagar a tornar ilusão tudo aquilo que encontrei aí, em ti.
E por muito charmosa que fosse essa sentença em ti, permito-me eu a mim mesmo, a arrogância proclamada e não.
Ainda sei o que vejo... Mesmo que às vezes veja o que não deva e tenha que fingir que não vi, por cortesia, respeito ou até compaixão. Aqui, sei que o farei por afecto. Que fique claro.
Não te percas no medo de viver, vive.
Nunca te esqueças que por mais solitário que seja qualquer caminho, nada existe sem gente nem coisas para te criarem o espaço onde existes em ti.
Fecha os olhos e respira. Abre os braços e abraça as gentes lá fora.
E sorri, que te fica tão bem.
Até sempre, até um dia, até amanhã...

Amanhã regresso a casa e se me quiseres procurar sabes bem onde me encontrar.

Jacques. "



Escreveu então numa folha que nunca verá a luz o dia.

Sorriu para a noite, sorriu para si e mergulhou entre os lençois recordando a viagem e o amanhã.
Semi-serrou os olhos... e adormeceu.

domingo, outubro 15, 2006

Wake Up


Foda-se!

São 05:49 am e, agora que chego a casa, só me ocorre um pensamento.

Existem noites que, por muito discretas ou silenciosas possam parecer, esmagam-nos com uma multidão de conclusões inacreditáveis.

Sóbrio... e é verdadeiramente sóbrio que me encontro.
Inacreditável!!!

quinta-feira, outubro 12, 2006

LUX


E o "deboche", a loucura, a fantasia que reinavam na catedral de todos os múrmurios...
Milhares de pessoas, milhares de fantasias...
Ainda sinto o excesso no sangue. Mas, no verter de algumas memórias que a ressaca não permitem contínuas, consigo já recordar que foi bom!
Prometo debruçar-me sobre a verdadeira feira de corpos ali presente. Sobre a astúcia de todos os gestos e o estridente de todas as palavras exageradas.
Mas hoje não, deixo apenas aqui este "pouco nada" para que mais tarde me recorde que devo voltar a este raciocínio!
A todos os que por lá passaram... "brilhanteeeeeees"!!!Aos que por lá não se movimentaram "Outras festas virão!"

;)


Alguns fragmentos, alguns frames apenas...!

segunda-feira, outubro 09, 2006

HAPPY BIRTHDAY


Happy birthday Babesssssss!!!!

Breathe

Apetece-te?


E perdeu-se naquele olhar.

Às vezes, Jacques dava-se conta que pensar nem sempre era uma atitude correcta.
Mas também sabia que era mais forte que ele.

Anoitecera, e o cansaço subia-lhe pelas pernas sob formas estranhas e entranhadas.

Entre a multidão que, como correntes, se movimentava naquela calçada, alcança aquele olhar.

“Foda-se, apetece-te ou não?”

Era sobretudo o eco que rasgava o a sua traqueia ensaguentada. Mas dali não saíra por nada.

“E a mim apetece-me, por muito disparatado ou surreal que possa parecer!Por muito diferentes que possamos ser, por muito que as cores, em nós, tomem formas diferentes de estar… Apetece-me, porque me faz sentido!
E sinceramente não consigo perceber se te apetece sem sentido ou se te faz sentido apetecer… ou até mesmo se não te apetece por não te fazer sentido, ou se te faz sentido que não te apeteça.
Ouves-me?”


E no fundo uma gargalhada que, entre a vegetação da serra, o vendo naquele carro, o cheiro a gasolina, a calçada do bairro-alto, o barulho do aspirador, as côcegas surpreendentes…e tudo, tudo o mais se solta quando Jacques os sentiu felíz.

“Venham as bolas de sabão, ou o tal cheiro a torradas perto do tejo. O calor do sol pelas costas como gostas, ou o sol pela cara como não resisto sem sorrir… Venha tudo, mas venha apenas sem restrições, calculos ou pensamentos… fodasse, ainda hoje, apeteces-me…e faço questão de o gritar-te sem pudor, porque amanhã posso não cá estar e não quero que o deixes de saber. Estranhamente faz-me sentido, estranhamente…foda-se, eu arrisco…foda-se,apetece-me!”

terça-feira, outubro 03, 2006

Warrrrrrrr...

Dangerous Liaisons

Marquise de Merteuil

"Warrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr..."

segunda-feira, outubro 02, 2006

...wait.

Vanity Fair


O mensageiro chega e, com alguma pressa, anuncia o que o traz.
Da mão, desprende-se de um e envelope em tons pastel neutro.

- Está tudo bem?
pergunta o criminoso à vítima daquele envelope.
- Está, está...
- Se eu puder ajudar...
- Eu aceito...obrigado.
- Será com o maior dos prazeres.
Segue-se um momento de silêncio.
A noite naquele jardim já se aproximava fria. Na verdade estavam todos lá dentro em diversão e só aquelas duas figuras se encontravam no jardim.
O cavalheiro afasta-se e indica que retornará à casa.
A felina e clara figura de olhos azuis, ao perceber, contorna o rosto até ele...
- Antes de ir, posso fazer-lhe uma pergunta?
- Claro.
- Porque me ajudaria o senhor, se, na verdade, mal nos conhecemos.
- Podia até dizer-lhe que seria apenas generosidade da minha parte... mas seria mentira.
Na verdade a vaidade em mim não a comporta a si por perto. A sua fuga, também a mim me dá jeito.
E quem diria não acha... A senhora, logo a senhora, a aceitar a ajuda de um estranho.
A vida dá grandes voltas, mas reconheço-lhe eterenamente o equilíbrio neste "carousel" de feira que produz.


Entre a maldade e a ironia, os dois eternos assaltantes perceberam que ali seriam sempre os criminosos e, naquele momento, se separados, as vítimas.
Anoiteceu e o baile começou.
Dançaram uma última valsa e desapareceram entre a multidão.

Vai chover, na certa…


“E sobre eles pouco se sabe…”

Podia começar assim…

“A vista sobre a cidade emoldurava-os de eles mesmos..”

ou assim … mas hoje o piroso não me soa nada válido.

Sento-me aqui, com as palavras nos dedos, e os ossos controlam-me o seu limite.
Os tecidos, que constituiem os pequenos músculos, contorcem-se silenciosamente para evitar o gesto. O sangue ruma sem direcção certeira…e algo, no cérebro, envia a informação de que pode não ser para norte.

Na manhã seguinte o dia acorda em pleno Outono.
As nuvens cinzentas, carregadas de Inverno, anunciam a despedida do calor tropical que se vive aqui.

Acredito cada vez mais na perfeição das coisas belas.
Na beleza da vida em meu redor.
Na sublime atitude de cada gesto, controlado, dançado ou até mesmo livre e desgovernado.

Hoje acabará por chover.

A água lavará o chão que percorro, tenho a certeza.

E o irónico que dança sobre o festim de todas a dores e lições de vida?…
Insane, sorriu ao espelho e pensou:
“E o bem que me soube deixar a poltrona de veludo e andar descalço pela calçada…”

E, se por um único segundo apenas, eu pudesse retribuir o que fizeste por mim em tão pouco tempo. Se eu pudesse… Nem imaginas.
Obrigado. …mesmo, muito obrigado.

E que palavras tentavas cravar naquele abraço?

Sinto-me hoje doralice… e a gargalhada em espirais, em pontas descalças, rebenta em mim sobre toda e qualquer insanidade.
“Não sei, juro que não sei… juro que me perdi. E preciso que me o digas.”
Foi um “até sempre e nunca mais.” ou um “até amanhã e dentro em breve se possível.”?


Vai chover, na certa…
Espero que chova, a chuva faz sempre bem… “lava a alma” como diria a Cibelle!!!

Mas que não chova em silêncio, pois que chova sim, mas em forma de qualquer coisa.
O silêncio e a “não forma” (seja ela qual for) hoje não me saberiam a nada…e o nada é o tudo o mais que não quero no rebentar deste Outono que aguardo felíz.

domingo, outubro 01, 2006

White Horse II

Swing


Na cozinha, a preparar o jantar, entre os relatos de uma vida em festa, 3 amigos começam por ser brindados com as teclas de um piano.
Formas felizes de pele e pranros cravados no sangue, eram cobertos de vinho e diamantes entre a euforia silenciosa da degustação.
Um telefone toca, e outro e outro… finaliza-se o ritual de todas a belezas e da-se início à correria de uma noite de sábado nesta cidade tão avermelhada.

1ª Paragem – Encerramento da Luz Boa, onde todos se econtraram e todos se brindaram a sucesso comum.
Mais um copo e o sangue, em êxtase, liberta em perfume o sexo em cada um daqueles corpos em euforia.

2ª Paragem – Bairro Alto, quando a calçada geme por mais, mais e mais… deliniam-se os devaneios, as suspeitas e os crimes perfeitos de todos os criminosos bem vestidos ali.

Lisboa assitia, com ânimo aqueles hábitos vampirescos, aquelas personagens e aquele público do hábito.
“Estavam giros…mesmo giros.” Ouviu-se o relato ao virar da esquina.

E o sangue já enundado de alcool, gritava por plumas e sismos cintilantes.

Última Paragem – Talho, onde todos os corpos, dispostos por peças, se oferecem aos presentes e aos ausentes.
A memória regista figuras, luzes e animais em nós. Estavam lá alguns.

Dois amigos libertinos e dois chapéus pronto a servir.
Dançam-se os corpos e os sexos, tocam-se as peças e os perfumes… a música, em completa loucura auditiva, ferindo os ouvidos deixava o rasgar dos corpos em coreografia.

Por momentos ouve-se alguém.
“Swingers, é o que vocês parecem.”

Dois a dois, quatro por quase mas sempre três em permanência.

“Ou levo dois chapéus para casa hoje ou não levo nenhum.” – disse o rígido ao ouvido dos cúmplices daquela dança de estímulos, ego e erecções.


E foi assim, que, por momentos, aqueles três fantásticos, que de vinho e piano se tinham forrado, na companhia de outros tantos amigos, deram de beber aos sedentos, apenas com a ilusão de um swing em diversão.

“Vamos embora?”
“Vamos… mas primeiro temos q nos despedir…”
“Claro.Vai tu primeiro.”



“Muito gosto e conhecer-te…!” denuncia a criatura bizarra, ao vê-los partir com tudo, sem nada a mais que o desejo, deixar naquele chão ensopado em carne viva.