domingo, agosto 31, 2008

Think of Cinnamon ...

Um bicho animal, um bicho do mato cujos os olhos escuros levantaram a questão num corpo tão tenro e naife. Os passos leves de uma criatura sem abrigo entre a multidão fizeram-no fechar os olhos e imaginar a grande selva que ali o abraçava. Invisível, divisível... estranho.


photo by Carlos Amaral

Olhei para ele no momento exacto em que trapezista o abordava.

Aproximei-me e ouvi:

- Até que enfim te encontro. Tiveste ausente, toda a gente tem perguntado por ti.
- Deixa-me. Esse mel que escorre das tuas presas já não me crava nada na pele.
- Estás outra vez tão bêbado e drogado...
- Estou de volta, não era o que queriam? Por inteiro...eu.
- Mas vem comigo, eu levo-te a casa...
- Tornaste-te numa personagem ridícula e nem te deste conta. Larga-me, eu já te disse. Esquece-me. Ainda agora cheguei a esta noite e tu serás a última pessoa com quem a quero celebrar.
- Estúpido...
- Eu sei que me amas. E obrigado pelo gesto em si.


Largou aquele ser e deslizou pela calçada a sós. Procurava aqueles olhos escuros, aquele bicho animal.

Não sei ao certo em que momento decidiram, não sei ao certo se houve um momento. Sei que às tantas já estavam à conversa, conseguia vê-los entre a multidão. E que de repente ele se dirige a mim e despede-se com o seu antigo abraço e baixinho diz:

- Vou-me embora entre aqueles que me tocaram a alma e não conseguiram despertar o meu corpo e aqueles que me tocaram no meu corpo e não conseguiram atingir a minha alma.
Existe uma criatura misteriosa nesta noite... a tentação hoje é um pecado que prevejo nos meus lábios.



sábado, agosto 23, 2008

O regresso...


Às vezes pensamos que o termo “para sempre”, muito embora o conheçamos apartida como uma fraude garantida entre pedras, nos define a eternidade de uma vida. Nessas mesmas vezes olhamos sobre o ombro e erguemos de seguida a cabeça num olhar forte e directo que contempla apenas o caminho a seguir em frente, ignorando por completo tudo o que ficou para trás.

Escondemos de nós todos os artefactos que nos recordem o passado que decidimos assim chamar no exacto segundo em que decidimos partir.
Nada nos poderá perturbar o ritmo ou a coreografia de um novo desenho no ar a que nos ensinam a chamar de novo.
E é do alto dessa certeza que nos entregamos ao espaço e deixamos que as tábuas de um palco façam do nosso corpo estendido o que bem entenderem.

Descobrimos de facto um mundo novo, uma imensidão de vida em nós que jamais imaginámos existir. Caminhamos pelo nosso próprio pé e assumimos o luto do passado que nos pesa no andar.
Morremos.
Para nascer efectivamente de novo.
***

Numa tarde de Verão ao contemplar o seu próprio disfarce no coração da cidade o telefone toca.
Era um número aparentemente desconhecido mas o indicativo exterior rapidamente o fazia recordar a outra. A outra cidade que por ele esperava. A outra perpétua morte que em tempos lá deixou.

- Hello?
- Sou eu, podes falar em português que já tenho saudades.
- Não acredito…
- Sim, sou eu.
- Isabelle?
- Oui, c’est moi.
- Como estás?…esse sentido de humor e oportunidade…
- Estou óptima meu amor, e tu? Perdido?
- Talvez… Mas porque perguntas?
- Porque ainda não voltaste a Paris e Lisboa já não te reconhece. Como foste capaz? Confesso que me surpreendeste.
- Estava a precisar… sufocou-me o exagero do meu regresso e precisei de ar.
- Sabes que a maioria das pessoas que te rodeava acha que voltaste a fugir. Ninguém te vê, ninguém te encontra. Foi uma jogada de mestre sim senhor. O eterno mito que sai de cena entre o fumo que deixa apenas as tábuas sob a luz.
- Tu e o teu dramatismo… olha foi exactamente esse âmago que me levou a fugir, vou esse mesmo sentimento que me trouxe de volta, e voltou a ser essa a razão pela qual desapareci mesmo sem mudar de cidade.
- Volta para Paris… aqui ninguém te merece.
- Aqui? Onde estás?
- Sim, estou em Lisboa…
- Estás a brincar… onde estás?
- Aqui mesmo, neste largo de Camões onde te sentaste quando atendeste o telefone, olha para o fundo… em direcção ao Adamastor…


E ela estava ali, exactamente ali… em contra luz com a silhueta opulenta e sinuosa de sempre. Os anos não tinham passado por ela, estava mais bela e mais radiante que nunca.
Salto alto vermelho tal e qual como se tinha despedido em tempos.

Desligaram os telefones e aproximaram-se um do outro.
- És completamente louca… o que fazes aqui?
- Vim ontem e amanhã mesmo regresso a Paris. Estava a precisar deste ar, desta dor, desta puta desta cidade. Mas deixa-me olhar para ti…
- Como me apanhaste aqui? Acabo de sair da agência e por mero acaso parei aqui no Chiado para comprar gomas… incrível.
- “Não existem passos divergentes para quem se quer encontrar”, já te tinha dito em tempos.
- Tu não és normal… que estranho… acho que ainda nem estou em mim.
- Va, abraça-me e deixa-me cuidar de ti.

Não demorou muito tempo até sentirem a virtude da força que sempre existiu ali. Não demorou muito mais o encontro e como se no dia seguinte se fossem ver, como se o tempo não tivesse passado, despedem-se à boca do metro deixando os perfumes entranhados entre si.

E nunca mais voltou a ser o mesmo.
Como se de repente senti-se o calor do disfarce e o peso da ausência.
Foi jantar com mais amigas que também não via à muito tempo (à tempo demais, agora sabia-o) e no regresso do vinho e das gargalhadas deu-se conta do quão a vida o tinha feito diferente.

Chegou a casa e não estava lá ninguém…
Afinal de contas tinha voltado a dormir sozinho e o silêncio tinha voltado como na altura em que tinha fugido desta cidade.

Olhou para o chão do quarto enquanto abria outra garrafa. Ergueu o queixo e decidido decide abrir uma das caixas já fechadas. Na aparelhagem recorda uma das muitas músicas do seu “antigamente” ali.
Acende um cigarro e deu-se conta que ao longo daquele ano já passado depois de tudo, o seu bilhete de avião já perdia a cor. Sorriu no reviver de cada momento e fragmento de imagem que guardaria para sempre daquela imensa história vivida.
O momento da notícia, o divórcio, a fuga… o bilhete só de ida. O Inverno mortal, o luto e o abandono. A demência e as promessas. As decisões e os vícios. A primavera e as viagens. A mala nova e os tantos destinos. O cheiro das chegadas a cidades desconhecidas, o sabor das novas refeições e a gargalhada em diferentes línguas. Os corpos amantes e os delírios da liberdade. As paixões e os excessos. O regresso titânico e as extravagâncias de uma nova profissão. A vaidade e a luxúria, e as noites em festa pelo simples prazer de viver. A segunda fuga e o desaparecimento. O disfarce e o esquecimento… as revelações e a verdade. A dor e a realidade.

Pegou na caixa de música e no silver scarf, no alfinete de Versailles e no cálice, na caixa das memórias e no livro. Retirou-os das caixas onde adormeciam à força e espalhou-os pelo espaço como se de quadros de família se tratassem.
Sorriu e olhou-se no espelho.
Recordou-se de todos os tons da luz que e só a ele lhe pertenceram, celebrando o que de melhor conhecera em vida – a felicidade brutal da total consciência da fortuna em si - e simplesmente verbalizou:
I´m back!

After WHITE BAG

photo by Marcos Semola

Timeless

photo by Nicholas Eveleigh

They were waiting for a cure...

Existem dias que marcam a mudança de um caminho. Existem pessoas que mudam o rumo das vidas onde tocam, momentos em que o mundo que conhecemos até ali se despede de nós e nos atravessa as memórias numa montagem cineasta mais fabulosa do que qualquer outras a que tenhamos assistido.

De repente, ou por vezes depois de uma silenciosa espera, erguemos o rosto e reparamos que o ar está diferente, que a estação mudou.
Olhamos em redor e sentimos o odor do tempo que sabemos se destinar a perfume.

Passaram afinal quatro estações. Quatro. Regressamos à última em que ficámos e percorremos fragmentadamente uma a uma, como se de um cinema mudo se tratasse com som apenas para dar voz àquelas palavras que nos mudaram as direcções.
É incrível a fortuna e perfeição da nossa mente quando recordamos uma vida. Ela trata de irracionalmente guardar ao longo do tempo todos os pequenos detalhes que sabe já fundamentais para uma apresentação racional de um dia. Elege as pessoas, as cores, os gestos, os cheiros e os espaços... as palavras e os silêncios certos. Deixa-nos apenas escolher uma banda sonora que, por cortesia, reconhece a inteligência de delegar à emoção.

É fabulosa a vida aqui.

Estava sentado naquela cadeira de Inverno ali no meio da multidão desde o tempo em que o sol começara a dar sinais de frio. Atravessou o tempo reconstruindo os detalhes daquela poltrona que tinha deixado a envelhecer noutros tempos. Sempre sentado coseu as feridas do veludo e retocou as lascas da talha pela estrutura.
E de repente... ou não tão de repente como isso, ergue o rosto sente que o frio já devolvia os sinais do sol.
Olha em redor e tudo o que sempre deixou que se move-se em seu redor parou por um instante. A velocidade congelada que agora trocava com aqueles corpos, formas, cores, cheiros e objectos fez com que se permitisse ao gesto de novo. Era só ele e o mundo. Só no seu relógio havia a possibilidade do acerto naquele instante. O Tempo estava congelado, o tempo do mundo.
Não sabia quanto tempo poderia durar aquele momento. Não sabia quanto tempo poderia gozar do gesto e da invisibildade de se mover com o olhar detalhado entre tudo.
They were waiting for a cure...

Não se perde nada quando já nada resta a perder – pensou.

Quatro estações. Quatro.
E aguardou na mesma sentado que a velocidade do tempo regressa-se a tudo para aí sim, na sua verdade, poder gozar da segurança da real invisibilidade.
O Tempo voltou e o gesto de tudo retomou o ritmo desde o ponto exacto onde tinha ficado como se nada tivesse acontecido.

Levantou-se pela primeira vez e rasgou o rosto com o sorriso que lhe semicerrava os olhos, como muitas vezes teve o privilégio de fazer na vida.
Olhou para a vida, saboreou a apresentação e escolheu a banda sonora.
Do bolso revê o seu relógio e acerta então os seus ponteiros com os ponteiros do mundo.
Avança um passo e percebe que tinha chegado a hora.

Abandona a poltrona e desaparece na multidão.



Oh, here we go


They're all waiting for a cure

So free..

photo by Paul Bradbury

- Trouxeste o vinho?
- Não! Esqueci-me!...vamos voltar atrás.
- Não é preciso, paramos numa loja qualquer a caminho e compramos.
- Não, vamos voltar atrás.
- Por favor, ela não se importa e já estamos atrasados... que exagero.
- Não, já estou a voltar atrás. Fica no carro que eu vou só lá acima buscar a garrafa.


A mesma sala, o mesmo sofá, a mesma mesa, o mesmo cheiro.
Ao abrir da porta consegui reconhecer até nela o estranho que era voltar a ver aquela imagem de novo a entrar-lhe pela casa a dentro.
Ela tinha um novo look. Uns óculos vermelhos que lhe abriam o sorriso de sempre.
Procurei no olhar da anfitriã o conforto do reconhecimento de que aquela imagem era, ao final de tanto tempo, no mínimo estranha.

A mesma sala, o mesmo sofá, a mesma mesa, o mesmo cheiro.
O chegar atrasado de outros tempos marcava o ritmo da recordação.
O pele de pêssego verde aveludado do sofá serviam de recurso gráfico às histórias recordadas e recontadas ao outros dois corpos sentados à mesa.

A mesma luz, o mesmo café, a mesma chávena.
Restávamos três do passado e os segundos relembravam os outros dois de longe que agora eram substituídos por outros dois mais de perto.
Não nos pertenciam, não faziam parte da parte daquela história.

- Os homens não usam jóias Tiago.

Mais uma vez o “eu ajudo-te a levantar a mesa” e eu ali sentado à mesa a fazer sala a quem fica, a fazer sala a mim mesmo.
Termino o vinho que, invariavelmente, começa e acaba em mim e olho em redor.
Onde estás?... como é que a vida aqui te trouxe depois de tudo?
Suspiro e no ultimo travo do cigarro adormeço o corpo e deixo-o apenas ser guiado.

O mesmo tabuleiro, as peças que restam, novas casas a ser habitadas.
Eu já não moro aqui.
Ainda assim tudo me parece perfeito. As voltas que tudo deu para vir parar exactamente aqui, onde tudo devia ter ficado.

- Os homens não usam jóias Tiago.
Não estes homens deste jantar, mas para sempre os homens de sempre.



So Free (3 Acts)

Love is getting you bored
It's so hard
For me and for you
And everyday
I wake up and say
It's gonna be a brighter day

You left me alone
As you walk out the door
And you broke us apart
You broke us apart

This time is for good
I would cry if I could
It's so hard
But it's better for my heart

Away from me
Away from me now
Now
From me now

You got to be
You got to be so free

Le Petit Trianon

Chovia em silêncio , naquela Primavera senil, quando se despediu pela primeira vez de si mesmo naquela história.

No banco do jardim repetia a imagem e as palavras daquela personagem que partira do palácio.
Estava doente, e o seu corpo denunciava a cada gesto o desiquilíbrio de uma vida demasiado intensa até ali.

Anoiteceu e ali continuava. Com o seu vinho, o seu cigarro, o seu livro e as suas infinitas recordações de detalhe e beleza em tudo o que viveu.
Arrefeceu e com um simples gesto percebe o fim. O manto de veludo negro, que terminava seguro num remate barroco de fio de ouro, estava de regresso sobre si de uma forma tão natural que nem se deu conta. Estava frio e não conseguia deixar de rever os fragmentos da repetição da vida ali. Exactamente ali. Onde um dia, também já para lá daqueles muros, entre as seteiras, se despediu a primeira vez daquele corpo.
Regressara ao luto e na mão guardava o telegrama vindo do outro lado do Oceano, escrito por um amigo hoje mais sereno que lhe perguntava: "Chegou mesmo ao fim, não chegou?Esta na hora de virar as últimas páginas do livro. Percebo que sintas chegada a hora. Parte. "

O silêncio é enterrompido por uma voz:
- A LadyLime chegou. Está pronto para sair? Está tudo pronto para jantare na cidade com a máxima tranquilidade...
- Peça-lhe para aguardar um pouco no salão. Afinal de contas perdi-me nas horas e não será assim que quero recebe-la.

Já não via aquela amiga de longa data à muito tempo. Jantaria com ela e recordaria a saudade que lhe tinha abandonando o palácio e celebrando algures pela cidade.

Amanheceu e a primeira coisa que se perguntara era se iria conseguir passar outro tanto tempo sem ela. Passaram tanto e tão bom tempo juntos que até aquele dia não percebia como a vida os tinha feito não mais viver no mesmo condado. Ficava a esperança do seu regresso e o sorriso que sempre deixa marcado por onde passa. Seria uma irmandade para a toda a vida e isso por si só já lhe dava a certeza do “para sempre” que em poucos lugares encontrou na sua viagem.

Abre as janelas e ao pequeno almoço decide partir.
Recordava o mundo como ele era e abraçou-se em despedida com a saudade do que ele foi.
Fez as malas e partiu.
Em silêncio, ao entardecer, rumo ao exílio de si mesmo, rumo a Petit Trianon.


The Reason Why...

photo by Ghiotti
Lembras-te do dia em que nasceste?
Eu recordo-me como se fosse hoje... eras uma criatura tão pequena que quando te soprei temi rasgar-te a pele.

359 dias... 359 dias depois. E és capaz de respirar no mesmo espaço que eu sem que o segredo se revele entre os teus lábios.
Quando foi a ultima vez que me terás conseguido olhar mesmo nos olhos sem o arrepio da verdade a descoberto?

Queres saber porque é que ainda não disse que hoje sei de tudo?
Porque se o fizesse agora nem o percebias de tão pequeno que é esse mundinho e vidinha em ti.

Queres saber porque é que ainda não te matei?
Porque nem darias conta.


Adore Adore - Yoav

O bilhete...


Um bilhete ao fundo da cama.

A luz de um fim de tarde. Um corpo petreficado no término de um arrepio.


" Apesar de impossível, farei com que apartir deste momento a importância e relevância do que tinha para te dizer morra aqui mesmo, assim... agora.


Que a vida um dia te surpeenda e te faça lembrar a ironia dos factos em ti.


Que numa gargalhada se revele toda a compaixão por estecorpo que rejeitas com demasiada força. E que ao olhares para trás no tempo me revejas o rosto com aquela expressão de felicidade... Que te aperecebas que já não cá estarei, porque um dia abandonei Versailles."

|| Champs Fatais ||


Isabelle:
Como estás amor?

Matthew:
Estou a transformar-me fatal para incendiar aquele Casino, onde levitarei em perfume envenenado até ao amanhecer...

Isabelle:
Eu também me vou passear pelos Champs com umas amigas...

Matthew:
Grita em suspiro o meu nome pelos Champs. Devolve-me à cidade.

Isabelle:
"Pelo suicídio da noite negra consomes o teu próprio sangue...revoltado com a rebuliao de sentimentos que te atravessa nesta hora...é o diamante ensaguentado a mostrar-te outra face, outro reflexo...que afinal somos humanos, frágeis e vulnuraveis...com o sabor a cinza na saliva e um pesadelo de imagens, memorias em chamas, és todo sofrimento e angustia...mas ninguém disse que era fácil, este jogo estúpido do amor, da paixão doentia...da possessão...ninguem disse que era fácil...cansa ser perfeito todos os dias."

O brinde.

Estava Rouge timidamente pelo quarto a pensar exactamente no mesmo... Desce a escadaria, abre a porta de casa e no jardim procura uma carta perdida que não estava presente.
O telefone toca...


Bleu:
Ontem foi inspirador, tu és inspirador.
Fico assim....com vontade de absorver, de venerar o que é belo sem medo do que é supercial, com vontade de ouvir uma musica bonita e a preferia-la a uma conversa sobre a fome.
Os pormenores da vida devem ser desprezados, sao ordinários.
Obrigado por tudo.
"é frequente desencadearem-se as verdadeiras tragédias da vida de uma maneira tão pouco artística que nos magoam com a sua crua violencia, a sua tremenda incooerência, carecem absolutamente de sentido, sem o minimo estilo. Afectam-nos do mesmo modo que a vulgaridade"
(...)
"por vezes porém cruzamo-nos na nossa vida com uma tragédia repassada de elementos de beleza artistica. se esses elementos esteticos sao autenticos, todo o episódio apela à nossa apreciação do efeito dramático. De repente deixamos de ser actores e passamos a espectadores da peça. Ou antes, somos ambas as coisas. Observamo-nos, e todo o encanto do espectáculo nos arrebata"
Um brinde à tua vida!
Rouge:
Um dia, eu menos elegante, tu mais elegante... eu menos aristocrata, tu mais aristocrata... ultrapassadas todas e quaisquer barreiras, olhamos um pro outro de uma forma diferente e casamos!Que achas?
Bleu:
Sim...
Quando as nossas orgias se resumirem a um optimo filme e um bom copo de vinho.
Rouge:
"Cerro os olhos e cai morto o mundo inteiro
Ergo as pálpebras e tudo volta a renascer(Acho que te criei no interior da minha mente)"

IT´S A NEW WORLD...

photo by Zac Macaulay

It´s a new life...