segunda-feira, julho 10, 2006

I found the word - Faberge.


“Hoje descubro aqui a minha verdadeira vocação… Hoje decidi virar este chão do avesso e redescobrir as linhas com que escrevo o nome destas terras por onde passei. Hoje celebro a vida que rebenta em mim como o sal contra a parede destas casas brancas sobre o maior dos abismos.
Hoje, mais do que celebrar a morte daquele pedaço de história, celebro a vida que ele me trouxe e a consciência que me deu viver.
Hoje deixei de ser correcto e demiti-me de todos os cargos.
Hoje recuperei a melhor de todas a profissões.
Vou colocar as coisas no seu devido lugar …nos lugares que nunca deveriam ter sido violados.
Hoje passei a ser ladrão.”


Eram as palavras debotadas naquele pedaço de papel sobre a mala.

Nunca escrevia muito sobre si, nem nunca deixava que alguém o fizesse com importância.
Eram as pedras rolantes que sempre preferiu naqueles rios onde pousava os pés de vez em quando.

Preparava a ordem de todos os testamentos...ou como diria o pescador, a “ordem de todas as sombras”.
Estava decidido a pintar cada sombra de uma cor, e de branco pintaria apenas aquelas que a morte em si levara.

Faberge…e assim descobre o nome.

E a vida começa a girar, sobre aquele carrocel oval, aquela luz de tudo e todos…aquele som de todos os gestos.
Renasceu e percebeu o verdadeiro sentido da perfeição em si.
Honradas cordas vocais e fantásticos espíritos…aqueles que, nestes dias, disseram as palavras chave para a descoberta. Perfeição. Faberge.

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