segunda-feira, julho 31, 2006
Chegado o Verão ...
Hoje sinto chegada a hora.
Os flamingos levantaram voo e eu, sentado neste miradouro, observo os seus gestos.
Ofereço-me a mim e no movimento percorro o meu rosto.
Sinto o chão em marasmo e o vento em melancolia.
O virus chegou ao seu último estado e com ele leva o momento em que, sem forma, me deixei contaminar.
A emorragia parou.
No sangue perdido mil nomes se descobrem e entre as cores mais vivas consigo ler o teu entre tantos.
Não tiveste tanta importância assim no decorrer desta viagem. Mas apetece-me agarrar-te entre o líquido porque apenas me apetece.
Entre tantas formas e cores guardo esse papel em que tatuo um mandamento. Liberdade.
Hoje a noite quente inspira-me à verdade.
Hoje apetece-me revelar um mistério.
O mistério da beleza como maior fonte de todos os mistérios.
Hoje desejo a todos uma vida plena e que o Verão vos traga a mudança que em todos os papiros espera.
Vou de férias, vou alterar o rumo das nossas vidas.
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