sexta-feira, junho 16, 2006

Até Breve...!

Hoje chego aqui e curvado sobre estas teclas curvo-me sobre todos vocês…
As vossas vidas recheadas compreenderão a fuga em mim neste passo inevitável.

São estes segundos, estes minutos…estes dias que me consomem o que pouco resta para além do osso. São as horas de novo sem que o novo aqui seja signidicado de melhor.
Não é o marasmo em que, entediantemente, por vezes, se pode mergulhar… não.
É a loucura de todos os poros nesta linha que se apaga sob o meu nariz ensaguentado.
É o maldito vício de todas as vidas que no peito morrem com violência e sangue. Som e forma. Barulho.

Quando pensas voltar?
Assim que puder… assim que tiver tudo concluido.
Porque é que atendeste o telefone?
…teria sido melhor não achas?…não terias que desaparecer.

Um mês e meio, dois meses.
Parece-te pouco com ceretza.
Parece-te o certo, o necessário.
Morro em ti, não morro?
Não… Vivo em ti e por isso tens a obrigação de manter tudo como deve estar.
Preferia mil mezes voltar a limpar a merda que fazes… mil vezes gritar contigo mas sei bem que seria em vão.
A verdade em ti soa tão bem… Em mim, dá nisto.
Vais ligando?…escrevendo?
Talvez sim, talvez não. Se fizer sentido…
Eu sei que ficas bem… morro numa banheira de sangue, mas sei que o tempo me surpreenderá contigo a entrar por ali a dentro, e no segundo a seguir, já não será em sangue mas em champaghe o prazer da minha morte.
Prepara o gelo…mas não tenhas pressa.

Caríssimas pérolas…
Até breve.

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