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Na cozinha, a preparar o jantar, entre os relatos de uma vida em festa, 3 amigos começam por ser brindados com as teclas de um piano.
Formas felizes de pele e pranros cravados no sangue, eram cobertos de vinho e diamantes entre a euforia silenciosa da degustação.
Um telefone toca, e outro e outro… finaliza-se o ritual de todas a belezas e da-se início à correria de uma noite de sábado nesta cidade tão avermelhada.
1ª Paragem – Encerramento da Luz Boa, onde todos se econtraram e todos se brindaram a sucesso comum.
Mais um copo e o sangue, em êxtase, liberta em perfume o sexo em cada um daqueles corpos em euforia.
2ª Paragem – Bairro Alto, quando a calçada geme por mais, mais e mais… deliniam-se os devaneios, as suspeitas e os crimes perfeitos de todos os criminosos bem vestidos ali.
Lisboa assitia, com ânimo aqueles hábitos vampirescos, aquelas personagens e aquele público do hábito.
“Estavam giros…mesmo giros.” Ouviu-se o relato ao virar da esquina.E o sangue já enundado de alcool, gritava por plumas e sismos cintilantes.
Última Paragem – Talho, onde todos os corpos, dispostos por peças, se oferecem aos presentes e aos ausentes.
A memória regista figuras, luzes e animais em nós. Estavam lá alguns.
Dois amigos libertinos e dois chapéus pronto a servir.
Dançam-se os corpos e os sexos, tocam-se as peças e os perfumes… a música, em completa loucura auditiva, ferindo os ouvidos deixava o rasgar dos corpos em coreografia.
Por momentos ouve-se alguém.
“Swingers, é o que vocês parecem.”Dois a dois, quatro por quase mas sempre três em permanência.
“Ou levo dois chapéus para casa hoje ou não levo nenhum.” – disse o rígido ao ouvido dos cúmplices daquela dança de estímulos, ego e erecções.
…
E foi assim, que, por momentos, aqueles três fantásticos, que de vinho e piano se tinham forrado, na companhia de outros tantos amigos, deram de beber aos sedentos, apenas com a ilusão de um swing em diversão.
“Vamos embora?”
“Vamos… mas primeiro temos q nos despedir…”
“Claro.Vai tu primeiro.”…
“Muito gosto e conhecer-te…!” denuncia a criatura bizarra, ao vê-los partir com tudo, sem nada a mais que o desejo, deixar naquele chão ensopado em carne viva.