segunda-feira, setembro 04, 2006

Le Noir de la Vanité III


Entre o silêncio inerte de mil incertezas o perfume inflamado borbulhava naquele corpo que se encontrava de pé.
Ao olhar para a plateia, percebe o que falta.
Faltava o tirar da máscara do encenador.
Entre um cigarro dançante e um gesto silencioso decide esperar...

Para ele o espectáculo só existiria se o encenador revelasse firmeza na acção.
De contrário, esperaria sentado de costas para o palco.

Nada acontecia mas tudo se inflamava.
Era o seu perfume envenenado a inflamar o ar sedento de sangue.



photo by DdiArte

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