domingo, setembro 03, 2006

Too Drunk to Fuck II


Fodasse…
Porque assim comecei o outro.

Hoje não o faço no mesmo estado que o anterior… ainda bem.
Mas ainda assim não quero deixar de o fazer, porque, definitivamente existem sensações que a calçada insiste em repetir.

Existem noites que se arrastam como sinos pelo dia seguinte.
Que noite a de ontém…

Saí de casa para celebrar a despedida de Tóquio.
Entre o “regresso às aulas” do social bairrista vivemos a vertigem de todos os géneros.
Eu, Dids e Rititi… sempre disponíveis para viver uma felicidade inócua.

Entre amigos e “amigos”, estranhos e “estranhos”, conhecidos e “desconhecidos”… personagens e portagonistas, tudo surgiu até nós.
LOL
E eu, a repetir as memórias, efectivamente Too Drunk to Fuck para dar a morte merecida a alguns deles...
(Só uma nota, agora que recordo: Aquela "Sombra" é mesmo ridícula!)

Hoje não poderei refirir nomes nem especificar momentos, por razões óbvias… estou lúcido.
Mas é verdade… até algumas das personagens se repetiram e ganharam formas nunca antes projectadas.

Ainda assim, aqui fica o registo da perfeição.
Sim, na verdade, os três corpos planavam sobre a cidade suportando o seu próprio peso.

Um corpo que vive a tentativa de adaptação de novo a esta cultura. Em derrames silenciosos de saudade contra a razão.
Um outro que vive a tristeza do esforço que ser feliz exige. O cansaço de limpar o seu solo infestado de embondeiros. E o receio de reconhecer o caminho que desenhou.
E o outro que planava em tons de azul... porque de Tóquio se despede, para abraçar a montanha-russa que o espera sem saber. Temendo, ainda assim, não conseguir apagar o título que aquela cidade deu ao seu filme e lhe tatuou o corpo.

Três corpos que, embora feridos, teimam em ser felizes e provar que, mesmo ligados pelos mais discretos fios de ceda, a harmonia entre si não compromete nenhuma noite entre as luzes desta Lisboa já gasta, mas sempre nossa.

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