domingo, abril 23, 2006

O Clone



…Sem dúvida Teny…
Já tinha saudades de poder ler esse veneno depois de uma noite feliz…lol

“This is sick”
Aquela criança que, horas antes, nos passava com um andar firme e um olhar seguro, no desfilar por aquela calçada, mesmo junto a nós…é um ser bizarro.
É a inocência em formato digital. À primeira vista quase que sentimos a dor do ser naife, por ele, por nós, pelos seus pais, pelos que o, supostamente, o deviam rodear. Mas em pouco tempo ele próprio nos mostra que que a sexualidade já nasce conosco e já nos escorre em forma de suor, pelo corpo onde molda as nossas formas, desde o berço.
É a lascívia, é o pudor, é a moralidade e o perconceito, é o ser arisco e o ser devasso…é o ser tudo mas ainda muito por ser. São aquelas paredes imundas de sexo… onde transpiramos o prazer que nos dá aquilo que tu descreveste tão bem.
Como será que ele se chama?Que idade terá ao certo? …quanos orgãos já consumio e no que pensará quando geme?…Quando surpira parece maior. Parece um de nós, já entendido nas artes de rebentar num só grito.

É no fundo assustador o prazer que se rouba de uma infância que a nós nos aflige… Ele parece-nos estranho, nem nos parece real. É, sem dúvida, o clone do seu grande original… Um clone que ainda se forma e ainda tropeça na sua imaturidade e na sua estranha forma de sugar o ar cavernoso daqueles gemidos em grupo que o rodeam.

É daqueles cujo o penetrar não faz sentido senão sob uma grande dose de brutalidade que consiga rasgar todo o sentimento de cuidado pela sua carne tão acriançada. É daqueles cujo o excesso será sempre a sua companhia de cama e o promenor da devassidão o cúmplice das suas paredes. É mais uma grande puta que nasce nesta cidade…é mais um puto a brincar aos adultos sem saber que isso lhe trará uma velhice precosse tão mal amada.

Clone , clone, clone…nem o conigo meter na nossa lista de “social de esquina” de tantos conflitos que me faz surgir quando o tento descodificar. Deve ser isso mesmo…devem ser as diferenças de idade no seu tabuleiro de xadrez, deve ser aquele olhar assutado mas sedento…há ali qualquer coisa que não me deixa confortável para “brincar”.

Mas enfim, sem dúvida o original que, de resto, merece toda a nossa atenção, existe numa perfeição que em nada este clone se aproxima… ou talvez não, talvez tenha sido assim que o original começou, quem sabe. Mas duvido.
Seja como for, venham as noites loucas de sexo, venham as putas novas da cidade, as pernsonagens que nos animam…venham eles, venham elas, que os nossos corpos lá estarão, sempre prontos a descodificar com o olhar e a marcar com o perfume, os ossos a queimar e os desejos a transformar em cinzas para o nosso chão.

E no meio disto tudo, possivelmente, aos olhos alheios, as verdadeiras Putas ainda seremos nós … mas se o formos, que sejamos ao nosso jeito…que esse, só os “originais” sabem e merecem descodificar!

“This is sick… all night song”

1 comentário:

Lúcio Ferro disse...

Finalmente. Encontro finalmente um blog interessante em língua portuguesa que não conhecia de parte nenhuma. And I've been loking all day long.